“A cidade se embebe como uma esponja dessa onda que reflui das recordações e se dilata. Uma descrição de Zaíra como é atualmente deveria conter todo o passado de Zaíra. Mas a cidade não conta o seu passado, ela o contém como as linhas da mão, escrito nos ângulos das ruas, nas grades das janelas, nos corrimãos das escadas, nas antenas dos pára-raios, nos mastros das bandeiras, cada segmento riscado
riscado por arranhões, serradelas, entalhes, esfoladuras.”
Ítalo Calvino, As cidades e a memória 3, As cidades invisíveis.
terça-feira, 22 de abril de 2008
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